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domingo, 22 de novembro de 2009

Andro diz:

Quase dez da noite, venho caminhando em direção a minha casa, e, como de costume coloco minhas mãos nos bolsos, quando sou surpreendido pela entrada de areia por entre minhas unhas (já cortadas ontem), essa a qual não faço a menor idéia de onde veio, faz mais de três semanas que não vou à praia, e não me lembro de ter levado essa bermuda.

Ontem após minha aula de espanhol, depois de ter cortado minhas unhas, fui a um show de rock que aconteceu aqui na minha cidade. Lá, conversava com um bom amigo meu e ele me disse que havia descoberto que possuía uma doença degenerativa nos olhos, e assim que alcançasse os seus cinqüenta para sessenta anos, perderia sua visão por completo assim como seu avô antes havia perdido.

Por que estou falando isso? Bem, certas coisas vêm do nada. Má noticia não tem um bom tempo para comédia. Devemos nos adequar a elas e aceitar que às vezes elas simplesmente chegam borrando a maquiagem de qualquer um.

Imaginei que seria como se soubéssemos a data da nossa morte, só que em vez disso seria a data em que nossa visão cessaria. O que eu iria querer fazer antes de morrer, sabendo quando aconteceria tal inoportuna pontual ocasião? Mudamos a questão para: O que eu quero enxergar antes de chegar tal inoportuna pontual ocasião?

Meus filhos (espero conceber um ao menos), cachoeiras, enxergar a silhueta da mulher que amo em uma cachoeira, todos os meus desenhos favoritos, todos os meus filmes favoritos, o sorriso de todos os meus amigos, todas as estórias em quadrinhos do Batman, homem-aranha e super-homem e vários filhotinhos de cachorro dormindo.

Urso polar diz:

Recordo-me que um dia desses Andro me disse que o pedal da bicicleta dele havia saído, e, notei ainda um momento quando ele tirou o pedal de dentro do bolso da mesma bermuda a qual estava usando, momentos antes de escrever a segunda postagem.
Posso dizer ainda que ele levou essa mesma bermuda para a praia cearense aonde se encontrava três semanas atrás.
Logo: A areia de seu bolso é fruto de alguns acontecimentos.

Pensamentos:

Ainda falando sobre a visão, queria expressar uma vontade interna tremendamente grande que tenho. Queria poder enxergar as melodias. Quando falamos, nossos sons se dispersam no ar, em um conjunto caco fônico que se une ao vento e forma algo que eu não consigo ver.

Imagino a melodia de uma canção, se fosse Beach Boys interpretando “God Only Knows”, creio que uma espécie de corredor na forma arco Iris rodeado por anjos seria formado. Se tivéssemos “Space oddity” do David Bowie, imagino, por influencia da letra também, um extenso espaço sideral estrelado, aonde a mulher que amo (a qual quero ver a silhueta na cachoeira) se encontraria.

Sei que muitas vezes criamos na nossa imaginação uma imagem de acordo com a influência da melodia em nossa mente, mas, e se pudéssemos enxergá-las fora de nosso cérebro, aqui no mundo material? E se quando todos morrermos entrarmos dentro da nossa própria mente e pudermos enxergar todas essas melodias? Seria muito legal.

1 comentários:

Unknown disse...

Hace años que descobri un nuevo mundo en los bolsillos de mis pantalones. Gracias, Oso Polar...